Culinária típica e identidade regional: a expressão dos processos de construção, reprodução e reinvenção da mineiridade em livros e restaurantes de comida mineira.

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Luciana Patrícia de Morais

Dissertação de mestrado em História Social da cultura, que buscou compreender a plasticidade da identidade regional de Minas Gerais, a partir da análise de livros e restaurantes voltados para a culinária típica regional. Buscou-se sinalizar, nas fontes consultadas, elementos que possibilitam falar em identidade como construção imaginária e como prática cultural, que permite tanto um discurso ideológico quando apropriações particulares, reinvenções. A culinária foi tomada como forma de expressão da cultura mineira e a análise das fontes procurou entender como se dá a transmissão desta cultura. Neste movimento, o fenômeno da globalização mostrou-se variável importante para a compreensão do reforço da associação entre a identidade e a culinária de Minas Gerais a partir dos anos de 1970, com desdobramentos até a atualidade. Através da História da Alimentação, o foco recaiu sobre o debate em torno das identidades regionais e suas expressões com dois movimentos coordenados:
1) a demonstração de incorporação de elementos externos, de criação, de invenção de tradições e de inserção em um contexto de globalização.
2) a organização da análise de uma forma que primeiramente fragmentou a identidade mineira, separando (na medida do possível) os elementos de reprodução de um discurso oficial daqueles que expressassem a presença de um caráter inventivo, para em seguida, reunir estes aspectos em torno de uma ambigüidade inerente à culinária típica e, neste contexto, à cultura típica.

 

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